quarta-feira, 26 de junho de 2013

lendas do sul post de Giseli e Ivam Evaldo Kussler ou Ivan Kussler

LENDA DO NEGRINHO DO PASTOREIO

 

A Lenda do Negrinho do Pastoreio É meio africana meio cristã. Muito contada no final do século passado pelos brasileiros que defendiam o fim da escravidão. É muito popular no sul do Brasil.

Nos tempos da escravidão, havia um estancieiro malvado com negros e peões. Num dia de inverno, fazia frio de rachar e o fazendeiro mandou que um menino negro de quatorze anos fosse pastorear cavalos e potros recém-comprados. No final do tarde, quando o menino voltou, o estancieiro disse que faltava um cavalo baio. Pegou o chicote e deu uma surra tão grande no menino que ele ficou sangrando. ‘‘Você vai me dar conta do baio, ou verá o que acontece’’, disse o malvado patrão. Aflito, ele foi à procura do animal. Em pouco tempo, achou ele pastando. Laçou-o, mas a corda se partiu e o cavalo fugiu de novo.

Na volta à estância, o patrão, ainda mais irritado, espancou o garoto e o amarrou, nu, sobre um formigueiro. No dia seguinte, quando ele foi ver o estado de sua vítima, tomou um susto. O menino estava lá, mas de pé, com a pele lisa, sem nenhuma marca das chicotadas. Ao lado dele, a Virgem Nossa Senhora, e mais adiante o baio e os outros cavalos. O estancieiro se jogou no chão pedindo perdão, mas o negrinho nada respondeu. Apenas beijou a mão da Santa, montou no baio e partiu conduzindo a tropilha.

fonte: http://lendasdobrasil.blogspot.com.br/2010/10/lenda-do-negrinho-do-pastoreiro.html


post de GISELI E IVAM EVALDO KUSSLER OU IVAN KUSSLER


REPASSADA POR GISELI E IVAN KUSSLER E IVAM EVALDO KUSSLER , SEM FINS DE AUTO PROMIOÇAO, SIMPLESMENTE DIVULGANDO CURIOSIDADES.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

parte 1 do poema I JUCA PIRAMA de Gonçalves Dias - giseli e IVAM KUSSLER ou Ivan Evaldo kussler

Primeira parte do poema do grande GONÇALVES DIAS, repassado por IVAM KUSSLER E GISELI NEVES

EM PREVE MAIS POESTAGENS DAS OUTRAS PARTES DO POEMA, SEM FINS AUTO PROMOCIONAIS, SOMENTE PROMOVENDO O ARTISTA AUTOR DO POEMA

IVAN EVALDO KUSSLER

 

I-Juca-Pirama

I


No meio das tabas de amenos verdores,
Cercadas de troncos — cobertos de flores,
Alteiam-se os tetos d'altiva nação;
São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,
Temíveis na guerra, que em densas coortes
Assombram das matas a imensa extensão.


São rudos, severos, sedentos de glória,
Já prélios incitam, já cantam vitória,
Já meigos atendem à voz do cantor:
São todos Timbiras, guerreiros valentes!
Seu nome lá voa na boca das gentes,
Condão de prodígios, de glória e terror!


As tribos vizinhas, sem forças, sem brio,
As armas quebrando, lançando-as ao rio,
O incenso aspiraram dos seus maracás:
Medrosos das guerras que os fortes acendem,
Custosos tributos ignavos lá rendem,
Aos duros guerreiros sujeitos na paz.


No centro da taba se estende um terreiro,
Onde ora se aduna o concílio guerreiro
Da tribo senhora, das tribos servis:
Os velhos sentados praticam d'outrora,
E os moços inquietos, que a festa enamora,
Derramam-se em torno dum índio infeliz.


Quem é? — ninguém sabe: seu nome é ignoto,
Sua tribo não diz: — de um povo remoto
Descende por certo — dum povo gentil;
Assim lá na Grécia ao escravo insulano
Tornavam distinto do vil muçulmano
As linhas corretas do nobre perfil.


Por casos de guerra caiu prisioneiro
Nas mãos dos Timbiras: — no extenso terreiro
Assola-se o teto, que o teve em prisão;
Convidam-se as tribos dos seus arredores,
Cuidosos se incumbem do vaso das cores,
Dos vários aprestos da honrosa função.


Acerva-se a lenha da vasta fogueira,
Entesa-se a corda de embira ligeira,
Adorna-se a maça com penas gentis:
A custo, entre as vagas do povo da aldeia
Caminha o Timbira, que a turba rodeia,
Garboso nas plumas de vário matiz.
Entanto as mulheres com leda trigança,
Afeitas ao rito da bárbara usança,
O índio já querem cativo acabar:
A coma lhe cortam, os membros lhe tingem,
Brilhante enduape no corpo lhe cingem,
Sombreia-lhe a fronte gentil canitar.

GONÇALVES DIAS