GISELI POSTA EM PARA CONHECIMENTO DO AMIGO IVAM KUSSLER E IVAN EVALDO KUSSLER
BREVE BIOGRAFIA DE JORGE AMADO
Nasceu em 10
de agosto de 1912, em Itabuna, na Bahia, filho de João Amado de Faria e Eulália
Leal. Aos dois anos, a família mudou-se para Ilhéus, onde o menino passou a
infância e viveu experiências que marcariam sua literatura: a vida no mar, o
universo da cultura do cacau e as disputas por terra. Começou a escrever
profissionalmente como repórter aos catorze anos, em veículos como Diário da Bahia, O Imparcial e
O Jornal. Na década de 1930 transferiu-se para o Rio de Janeiro,
onde estudou direito e travou contato com artistas e intelectuais de esquerda,
como Raul Bopp, Rachel de Queiroz, Gilberto Freyre, Graciliano Ramos, Vinicius
de Moraes e José Lins do Rego. Estreou com o romance O país do Carnaval (1931). Durante o Estado Novo (1937-45),
devido à sua intensa militância política, sofreu censuras, perseguições e chegou
a ser detido algumas vezes. Foi eleito deputado federal pelo PCB em 1945. Entre
os projetos de lei de sua autoria, estava o que instituía a liberdade de culto
religioso. Nesse mesmo ano, conheceu Zélia Gattai, com quem se casou, teve dois
filhos, João Jorge e Paloma, e viveu até os últimos dias. Nas décadas de 1940 e
50, viajou pela América Latina, Leste Europeu e União Soviética. Escreveu então
seus livros mais engajados, como a biografia de Luís Carlos Prestes e a do poeta
Castro Alves, além da trilogia Os
subterrâneos da liberdade. Rompeu com o PCB nos anos 1950. A partir de então, sua literatura passou a dar mais relevo ao
humor, à sensualidade, à miscigenação e ao sincretismo religioso, em livros
comoGabriela, cravo
e canela (1958), Tenda dos Milagres(1969),Tieta do Agreste (1977). Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em
1961, e ganhou prêmios importantes da literatura em língua portuguesa, como o
Camões (1995), o Jabuti (1959 e 1997) e o do Ministério da Cultura (1997). A
partir da década de 1980, passou a viver entre Salvador e Paris. Sua obra está
publicada em mais de cinquenta países e foi adaptada com sucesso para o rádio, o
cinema, a televisão e o teatro, transformando seus personagens em parte
indissociável da vida brasileira. Jorge Amado morreu em 2001, alguns dias antes
de completar 89 anos.
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